Sônia Cabral Rêgo: um exemplo, um farol de esperança

Autor(a): Nélio Silveira Dias Júnior

Data 05/05/2024

Ontem, quando vi que Sônia não estava mais aqui, senti uma dor profunda na alma. Meu coração ardeu. Sua presença era uma exceção, uma centelha de humanidade em um mundo, por vezes, frio e indiferente.

Sônia era uma chama que iluminava os caminhos daqueles que tiveram o privilégio de cruzar sua trajetória, inspirando-os a serem melhores, a cultivarem a compaixão, a bondade e a integridade.

Eu fui uma dessas pessoas que, ao conhecê-la – quando casei com a sua sobrinha, Ana Amélia – pude enxergar a vida, a partir de seu olhar, para ver que a grandeza e a beleza da vida estão além do que os nossos olhos alcançam.

Encontrar alguém igual a Sônia Cabral é uma dádiva, pois sua essência transbordava qualidades que se tornam cada vez mais raras em nossos tempos: o genuíno compromisso com o bem-estar do outro, a retidão inabalável de caráter, a generosidade sem limites e a capacidade de amar profundamente.

Ela era um farol de esperança, um exemplo vivo de que é possível alcançar a plenitude em nossas vidas, quando colocamos os valores éticos e humanitários acima de qualquer outro interesse.

Sua vida foi um testemunho do que o ser humano é capaz de realizar quando guiado pela compaixão, pela justiça e pelo desejo sincero de fazer a diferença.

Igual a Sônia Cabral é, de fato, difícil de se encontrar. Ela se destacava como uma eminência singular em um mundo que, por vezes, parece obstinado em desvirtuar os melhores impulsos da natureza humana.

Sônia não se foi, mas retornou. Retornou às eternas fontes da vida, onde se encontram as origens, o sem começo e o sem fim. Sua ausência física deixa um vazio enorme, mas sua presença permanece, brotando em exemplos perenes, como uma inspiração indelével a nos lembrar do que somos capazes de ser.

Sônia Cabral não morreu, ela ascendeu a uma nova dimensão de existência, onde sua luz seguirá a iluminar os corações daqueles que tiveram a honra de com ela se deparar. Ela vive em nós, em nossa memória e em nossas ações, pois sua vida foi um sopro divino que se perpetua em cada gesto de amor, bondade e retidão.

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