São Paulo em cena: entre pratos e peculiaridades

Autor(a): Nélio Silveira Dias Júnior

Data: 05/01/2025

São Paulo, cidade da esperança e dos sonhos, da noite agitada e encantadora, é um lugar onde tudo se pode encontrar. É também o marco gastronômico do Brasil, onde se pode saborear as melhores comidas, com variedades de cozinha, nacional e internacional.

O restaurante Gero, inaugurado em 1994 no sofisticado bairro dos Jardins, é uma excelente opção para jantar na noite paulistana. Mesmo após 30 anos, “mantém seu aspecto moderno e arrojado”, com cardápio repleto de “clássicos da gastronomia italiana com a supervisão do restaurateur Gero Fasano”.

Além da comida de excelência, o restaurante impressiona também pela sua beleza, tanto interna quanto externa, com suas lindas árvores, que conferem toque natural e harmonioso ao ambiente, tornando prazerosa a degustação. Projeto inovador do arquiteto mexicano Aurélio Martinez Flores.

Em passagem por São Paulo, tive a oportunidade de jantar no Gero e desfrutar da alta gastronomia. Foi um espetáculo, desde o delicioso pão com manteiga até a refeição completa.

No entanto, naquela noite, houve inversão de expectativa. O artista principal, o restaurante, saiu de cena. O coadjuvante, a clientela, tomou conta do espetáculo. Gente bonita e elegante.

Enquanto desfrutava tranquilamente de deliciosa comida italiana, apreciando a sofisticação do ambiente, um casal entra no restaurante e rouba a cena. Ela, uma bela mulher de 25 anos, com 1,80m, cabelos pretos, corpo escultural, muito produzida, com vestido longo vermelho, com uma fenda destacada. Ele, um “setentão”, cabeludo, baixo e relaxado, meio desengonçado.

O casal, ostentando uma exuberante aliança no dedo anelar da mão esquerda, era o centro das atenções. Sentado à mesa no centro do restaurante, ninguém prestava atenção a mais nada. O “setentão”, ao levantar o braço, corria mais de um garçom para atendê-lo. Não demorou, chegou o champagne. A mulher, com sua postura majestosa, cruzando as pernas e segurando a taça, abalou a estrutura do lugar.

Burburinhos à solta; curiosidade demasiada…

Terminado o jantar, me dirigi para fora, onde outras pessoas se encontravam, vindo também do restaurante.

Coincidentemente, enquanto eu aguardava o meu Uber, o casal saiu do restaurante e ficou próximo.

Rapidamente, parou uma luxuosa BMW preta, com um chofer de quepe na cabeça para buscar o casal. Carro igual nunca tinha visto. Não sei qual era o modelo. Só sei que tinha uns 7 metros de comprimento. Era maior do que um dodge dart antigo!

Atrás da BMW, tinha uma Land Rover de vidros escuros, para quem o “setentão” cumprimentou só com um meneio de cabeça como se conhecesse quem ali estava, provavelmente os seus seguranças.

Ele entrou logo no carro, no banco de trás. Ela, também. Mas foi a última a entrar. Antes, olhou para o lado, e disfarçadamente deixou cair um pedaço de papel. Os presentes se entreolharam!

Essa é a essência da cidade grande: um palco de peculiaridades onde o inesperado se desenrola com naturalidade!

Entrei no Uber e voltei para o hotel. Depois da aventura gastronômica, a noite terminou.

Fotos:

fasano.com.br

– Gero Jardins

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