O Palácio Potengi: um admirável prédio histórico do século XIX

Autor(a): Nélio Silveira Dias Júnior

Data: 12/12/2021

Esse prédio foi construído, no estilo neoclássico, com linhas retas e sóbrias, entre os anos de 1865/1873, pelo engenheiro Ernesto Augusto Amorim, designado pelo então chefe da província de Natal Olinto José Meira.

No primeiro momento, funcionou a Assembleia e a Tesouraria Provincial. Funcionou ali também o Tribunal do Júri e a repartição dos Correios.

Contudo, a utilização do Palácio Potengi como sede do Poder Executivo Estadual só ocorreu a partir de 1902, por determinação do Governador Alberto Maranhão, funcionando nesse formato até o início da década de 1990. Antes, o Executivo funcionava no Palácio da Ribeira, na Rua Chile.

De lá pra cá, no prédio, houve várias reformas, sendo a mais significativa a reconstrução feita pelo Governador Sylvio Pedroza (jul/1951-jan/1956), inaugurada em 10/12/1954 pelo Presidente da República João Café Filho.

O Palácio Potengi é a maior expressão da arquitetura neoclássica em Natal.

Atualmente, foi denominado de Palácio da Cultura, onde funciona a Pinacoteca do Estado, com um excelente acervo de obras de arte de artistas locais, nacionais e internacionais, com destaque para pinturas de personagens históricos.

Além disso, o Palácio abriga móveis de epóca, peças decorativas e a galeria de fotos de ex-governadores

do Rio Grande do Norte. A escada em madeira, que leva ao primeiro piso, é magnífica e impressiona. A beleza se completa com as esculturas de Manxa e Jordão, que acompanham a subida da escada.

O Palácio está situado na Praça 7 de Setembro. Espaço público construído em 1914. Um dos mais marcantes da Cidade Alta, não só pelos significativos prédios públicos que se encontram em seu entorno, mas pelo seu valor histórico.

Ali, foi construído, em 1922, uma belíssima obra de arte em homenagem aos 100 anos da independência do Brasil, chamada de Monumento à Independência, projeto do escultor A. Bibiano Silva.

Recentemente, as portas do Palácio da Cultura foram abertas, depois de passar por reforma, apenas funcionando duas salas do térreo, com exposição reduzida das obras de arte, destacando-se os seguintes artistas: Tarsila do Amaral, Abraham Palatnik, Newton Navarro, Dorian Gray Caldas, Thomé Filgueira, Vatenor, Zaira Caldas, Calazans Neto, Maria do Santíssimo, Marcelus Bob. Mas, suficiente para perceber o extraordinário acervo da Pinacoteca.

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