A arte da advocacia

Autor(a): Nélio Silveira Dias Júnior

Data: 13/09/2019

“Há quem entenda que são qualidades inatas as que fazem de alguém um bom advogado. Essas qualidades corresponderiam a uma especial e específica aptidão, formada por determinado tipo de talento e por peculiares características de temperamento, como a combatividade e até mesmo um grau maior de ousadia ou irreverência. Não falta quem aponte como essencial inclusive uma certa concepção de vida – antiburocrática e anticonformista – para a qual estão alguns, por questão de personalidade, mais inclinados e predispostos do que outros. Mas não se pode perder de vista que tudo isso constitui, na melhor das hipóteses, um excelente ponto de partida, a chamada vocação profissional, que terá de ser lapidada pela formação técnico-jurídica e, ainda, complementada por princípios éticos, dentre os quais o que impõe dedicação e fidelidade às causas patrocinadas”.

“Apenas acentuaria que além de qualidades intelectuais, que permitem o domínio da técnica de comunicação e convencimento, a advocacia pressupõe e exige destemor, firmeza de atitudes. Um pouco do espírito de aventura do Dom Quixote de Cervantes (a coragem de investir contra ‘moinhos de vento’), personagem símbolo da eterna capacidade de sonhar do ser humano, em quem a loucura explore como um relâmpago para iluminar e purificar os aspectos obscuros e torpes da vida”

Professor Ivan Maciel de Andrade

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