Edgar Barbosa: amante das letras
Data: 16/07/2022
Edgar Ferreira Barbosa (1909-1976) era natural de Ceará-Mirim. Por sua cultura, contribuição à educação e vida exemplar, marcou época em Natal.
Foi um magistrado que sabia julgar, com coragem e com conhecimento jurídico. Humanista que distribuiu justiça no Rio Grande do Norte.
Foi também professor de Direito da UFRN. Transmitiu conhecimento jurídico e sabedoria a várias gerações.
Jornalista sério e invejável. Teve passagem marcante nos jornais locais, como no “A República” – tendo ali sido redator-chefe – e no Diário de Natal. Nesse, foi um ícone dos editoriais, presenteou o natalense com grandes artigos, o que lhe rendeu mais prestígio e respeito na sociedade.
Foi um dos maiores escritores do Rio Grande do Norte, não só pelos vários textos publicados em jornais e revistas, mas também pela beleza como os escrevia.
Edgar Barbosa, em seus escritos, se distinguia pela linguagem requintada, elegante. Um verdadeiro estilista.
De fato, os escritos de Edgar Barbosa estão retintos de metáforas e outros meios de expressão poética que, somados à argúcia do jornalista, os transformam naturalmente em textos literários (Nelson Patriota).
O Prof. Xavier Pinheiro, de quem fui amigo, conviveu com Edgar Barbosa no Diário de Natal quando era seu editor-chefe, e não poupava elogios, pelos seus textos impressionantes, tendo em razão disso me despertado para importância literária do Dr. Edgar.
Nelson Patriota selecionou e reuniu artigos e crônicas de Edgar Barbosa, de 1927-1938, e publicou um livro pela EDUFRN, em 2009.
Belíssima iniciativa. Só assim pude ler alguns de seus artigos e constatar o quanto são extraordinários. E, a partir daí, comecei a admirá-lo.
Edgar escreveu quatro livros: a) História de uma Campanha (1936); b) Três Ensaios (1960); c) Românticos Norte-Americanos e Outras Conferências (1966); d) Imagens do Tempo (1966).
História de uma campanha é um livro que também merece ser lido. Nele, o escritor conta “a luta de um partido popular democrático na defesa da democracia contra um partido dominador de poderosos.”
O potiguar não pode deixar de ler os textos de Edgar Barbosa e as instituições das letras poderiam divulgá-los mais, em incentivo da cultura e da educação do Rio Grande do Norte.
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